Veio Santa Alface a este mundo pr' acalmar nossos desassossegados estômagos. Seja feita a sua vontade. Amén

Friday, August 04, 2006

Liberdade

Usualmente, os filósofos usam uma definição acerca deste tema um pouco semelhante a isto: “A tua Liberdade, acaba na Liberdade do próximo, como tal para ser livre é necessário respeitar a Liberdade do outro”. Sendo assim, a Liberdade são um conjunto de condicionalismos impostos pela ética, Respeito, e, também pelos valores morais ou não de cada um de nós. O meu segundo eu de certo que se encarregará de vos encher com conceitos sócio-políticos.
Após a realização de um apanhado de frases na praia, consigo ler frases deste género:

“Liberdade é o meu namorado de 180 kg sair-me de cima”;
“Liberdade é poder peidar em público sem ser descriminado”;
“Liberdade é ouvir as ondas do mar, sem o sol a escaldar e a namorada a reclamar”;
“Liberdade é o meu namorado não me espremer borbulhas”;
“Liberdade não rima com infelicidade, mas sim com felicidade”

Como vêem há um pouco de tudo, mas quero destacar algumas das afirmações, tais como a segunda e a última. Bom, quanto à segunda é uma grande verdade, verdade seja dita que não deve haver maior sensação de liberdade do que aquela. A última, deixei para o fim, porque enfim é aquela que para mim melhor define Liberdade. Pois bem, a minha visão quanto ao assunto é muito peculiar, vou fazer um paralelo talvez muito exagerado, mas para mim só se é feliz, sendo livre. O que quero dizer é, não se é feliz não sendo livre, ou seja, há pessoas livres que são felizes, e outras que apesar de serem livres não são felizes. E, depois, claro, há pessoas que não são livres, consequentemente não são felizes. Exemplos de indivíduos que não sendo livres, não são felizes:
- Indivíduos presos em cadeias,
- Indivíduos que roubam. Podem sentir-se felizes, mas a felicidade por vezes é uma ilusão. De que adianta ser feliz se os outros não o são, também?

Pronto, acho que já estão a ver o género de indivíduos não livres que não são felizes. Enfim, a Felicidade a que me refiro é um estado inatingível é certo, mas alguns chegam lá próximo e isso fá-los ser felizes, e não só sentirem-se.
Há, ainda os indivíduos que apesar de serem Livres, não são felizes (just like me). As minhas razões são diversas, mas vou tentar sintetizar a raiz do problema: Falta de respeito para com o meu “eu”. Enquanto o mundo me espezinha eu esboço um sorriso, mas lá no fundo algo podre se desfaz, é assim que se sente um dos Livres Infelizes, aspirante a Livre Feliz.
Só mais um conceito que considero importante definir quando se fala de Liberdade. Imagine-se numa ilha deserta. Nada, nem ninguém com quem interagir. Agora pense, como se fosse um filósofo. Onde acabaria a sua Liberdade? Não há outro. Já numa sociedade a definição de Liberdade que quero passar chama-se Libertinagem (fazer aquilo que se apetece, sem ter em conta mais ninguém a não ser o próprio). A mesma situação pode conduzir a dois conceitos diferentes, dependendo das circunstâncias.

Multifasciatus

1 Comments:

Anonymous Anonymous said...

então a liberdade acaba quando começa a do outro...entao a felicidade tambem o é...nao somos totalmente felizes porque pensamos nos outros...e como os podemos magoar! porém num mundo impuro onde se vangloria o altruismo é ironia... assim sendo inaltece-se o condicionalismo perante os outros e a nossa própria infelicidade! viemos ao mundo para nascermos presos, limitados e infelizes?

3:57 PM  

Post a Comment

<< Home