Veio Santa Alface a este mundo pr' acalmar nossos desassossegados estômagos. Seja feita a sua vontade. Amén

Tuesday, May 13, 2008

Fur Farms

Monday, February 18, 2008

Whales Revenge

A vingança das baleias é sem armas!

http://www.whalesrevenge.com/

Monday, December 10, 2007

Português de Portugal

http://www.petitiononline.com/naoacord/petition.html

Petição para quem quer escrever português correto.

Multifasciatus

Saturday, November 17, 2007

Cavar a própria sepultura

Pois é o blog não morreu (parece mas não). Estes gajos chatos ainda estão aqui para durar. O movimento é que exige que isto vá andando devagar, ou não se chama-se o movimento do caracol amarelo.
Venho-vos falar de um artigo da National Geographic Portugal (Novembro 2007) sobre a acidificação dos oceanos. Ora segundo o artigo os oceanos fazem uma "reciclagem" do dióxido de carbono atmosférico (palavra que passou a ser do conhecimento geral por causa do senhor Al Gore), coisa que tem sido muito útil até hoje em dia senão estávamos para aqui asfixiados por causa das plantas. Nos dias de hoje os níveis de CO2 atmosféricos são elevadíssimos e a tendência é obviamente de piorar numa escala exponencial, consequentemente os oceanos vão reciclar mais CO2, o que vai conduzir a formação de um ácido, resultante da associação da água ao dióxido de carbono - ácido carbónico. Este ácido carbónico reduz a quantidade de carbonato na água do mar. Muitos seres vivos marinhos dependem das altas concentrações de carbonato na água do mar para fazer as suas conchas (constituídas por carbonato de cálcio), sem as quais estariam extintos. Curiosamente, estes mesmos organismos fazem parte da cadeia alimentar, e por azar, estão muito abaixo na cadeia alimentar. Receia-se que com a acidificação das águas estes seres se extingam devido a impossibilidade de construir as suas conchas, ou de estas serem tão robustas como o foram/são. Se estes seres são base da alimentação de muitas espécies de peixes, aves... isto pode levar a extinção destas espécies que se alimentam destes seres.
Normalmente, nós os humanos nunca nos preocupamos muito com estas questões. E pode dizer que é muito ecologista, mas quando chega a casa a primeira coisa que faz é ligar a luz e ir ver se está a chover. Sim a lâmpada consome energia, energia que vem duma central termoeléctrica, que por sua vez emite gases para a atmosfera, gases nos quais se inclui o CO2.
Então e as plantas? Elas também emitem CO2, deveríamos irradicá-las? Sim devíamos. Faria todo o sentido...
Recentemente, em Portugal o governo português fez questão de abafar uma questão de poluição, na comunicação social. Não há outro motivo para a comunicação social não ter falado sobre o assunto, que não a própria censura ter actuado.
Houve um derrame de combustíveis no aeroporto da portela. O que é que o aeroporto fez? "Vamos mas é mandar isto p'ro Tejo que ninguém nota. Vamos usar a nossa rede de águas de escorrência para o Tejo. O Tejo está tão feliz por receber as nossas águas de escorrência cheias de resíduos tóxicos, decerto não se importará de receber mais um bocado de combustível derramado". Bimbas... Comunicação social caladinha, e lá foi o combustível. Azar dos azares, viu-se uma grande mancha negra no Tejo. "Oh chiça, ninguém previa tal coisa, foi completamente imprevisível. Quem diria que ao enviar combustível para o Tejo se veria uma mancha negra. Ele há com cada coisa."
Para surpresa de todos, a comunicação social deu a notícia de que tinha aparecido uma mancha negra no Tejo, assim muito brevemente como quem não quer a coisa, afinal de contas foram só milhares de peixes e outros "bichos" que possivelmente morreram.
A lógica do aeroporto é brilhante, vamos "cagar" a casa do vizinho para não cheirar mal em casa.
Multifasciatus

Saturday, May 19, 2007

O Livro do Desassossego

Versão virtual aqui (EN).
E é boa que sei lá o quê.


Nairobi

Friday, April 13, 2007

Salve! (Ou dê trinta e três facadinhas)

Agora começava isto com um adágio popular, «trinta e três, a conta que deus fez», que era mais bonito e próximo do vulgo. Mas não. Vamos lá armar a escol e falar de teatro.

Sem heróis ou vilões. Todos maus e um falecido, quanto mais não o seja, bom. Ténues valores para o bem comum e a ambição velhaca tomada para um, quando afinal veste a todos.

Tratemos da Tragédia de Júlio César, em cena no S.Luiz até dia 22 de Abril, pelos míseros cinco euros, em idade inferior a trinta, mais proveitosos dos últimos tempos.

As massas voláteis de uma Roma megalómana, por um lado. A a defesa de uma suposta cidadania e os lugares de confiança política pelo outro. Adiciona-se um Marco António malandro, pela pele do Nuno Lopes, à mistura com mais umas quantas lúcidas vozes e tudo isto se desvanece pela estupidez, inevitável que é, das armas.

Levada à cena pelo Teatro da Cornucópia e encenada por Luís Miguel Cintra, o homem que é genial, esta é uma peça da autoria de um amiguinho do século XvII, o tal do Shakespeare. Depois de um Mac Beth com um João Lagarto esmorecido, no Trindade, confesso que esta abordagem conceptual foi uma perfeita surpresa. E para aqueles que acham três horas e tal de Shakespeare uma canção de embalar, ide-vos deste santo lugarejo embora e vejam lá mais um musical do La Féria, seus infames!



Nairobi

Monday, March 26, 2007

Desilusão, ignorância e incompetência - adubo Salazarista


Ontem Salazar foi democraticamente eleito o português num programa que não interessa(*) nem ao menino Jesus, mas acabou por se tornar interessante por espelhar tanto a deficiência do programa como a de muitos portugueses. Sim, eu sei os fachos mobilizam-se bastante e este não é um espelho fidedigno da vontade dos portugueses, mas este resultado é sem dúvida uma bela desculpa para eu falar do défice democrático vigente na sociedade portuguesa. Este défice tem níveis de gravidade diferentes, desde o nível do indivíduo que pura e simplesmente não é democrata até ao indivíduo que pensa que por ter votado nas eleições e defender os seus interesses é um verdadeiro democrata. De certa forma existe uma grande desilusão por parte dos cidadãos por terem escolha, ou seja tudo está está mal e é preciso que venha um messias salvar-nos, como o povo português é um bocado incompetente em matéria de eleições a solução passa por esse messias se impôr sobre a ignorante vontade dos portugueses. Ou seja os próprios portugueses desejam que a sua vontade seja menosprezada porque no fundo, no fundo sabem que são incompetentes. Esta coisa da democracia dá muito trabalho, é preciso pensar e é preciso pensar para além do umbigo, porque como a nossa democracia prova, quando todos investem nos seus umbigos uns ficam muito mais satisfeitos que outros. Se por habilidade política e informativa no nosso país se consegue pôr os trabalhadores do privado, que são explorados pelos seus patrões, a defender que os trabalhadores do público, que em nada estão relacionados com essa injustiça, sejam diminuidos nos seus direitos (fazendo a inversão semântica de direito para regalia)...então é a democracia que está mal, venha de lá o nosso messias. Se por um lado temos uma classe política que sabe perfeitamente o porquê de gostar de Salazar, sabemos também que ela se alimenta da ignorância que ela própria faz o possível por perpetuar. A educação dos portugueses é deficitária não porque sejamos mentecaptos, mas porque admiramos quem o é e porque os reproduzimos até à exaustão. Quando na televisão um indivíduo (Belmiro de Azevedo) de visões curtas cujo sucesso pessoal se faz às custas da alienação de direitos dos demais é reproduzido como sendo um modelo...o resto é resultado natural. Desistir da democracia é premiar aqueles que em democracia tudo fazem para miná-la, ao mostrarmos descontentamento elegendo um ditador não estamos a punir a classe política em geral, estamos a premiar uma classe política em particular.

(*) Não que não interesse pelo conteúdo, mas porque a limitação de escolhas e conceito do programa em si é fraco, basta pensar na salgalhada de individualidades que lutam por um título que à partida apenas branqueará grande individualidades para perceber que o programa foi mal pensado (aliás mal copiado).