HABs
Nota: cíngulo e sulco são as depressões onde se inserem os flagelos.
Esquema do ciclo de vida de uma espécie de HAB, neste caso Alexandrium.
Qualquer dúvida é favor perguntar!
Referências:
The Harmful Algae page
Wikipédia
Nota: cíngulo e sulco são as depressões onde se inserem os flagelos.
Esquema do ciclo de vida de uma espécie de HAB, neste caso Alexandrium.
Qualquer dúvida é favor perguntar!
Referências:
posted by Caracol Amarelo at 12:34 PM 7 verdinhas
Quem é afinal a Sra. Liberdade? Podiam seguir-se linhas e linhas de conceitos político-sociais que toda a gente conhece. Tomemos, nesse campo, a liberdade como a ausência de um regime totalitário. Tomemos um regime demoliberal. Não existem perseguições políticas, sociais, religiosas, étnicas, etc.. Tomemos Portugal como exemplo.
Essas perseguições não existem mesmo? Pergunte-se caro leitor, não se trata apenas de retórica. É evidente que estas perseguições ainda persistem, mas por agora simplifiquemos um pouco as coisas.
Olhe à sua volta e observe: a senhora da padaria teve as mesmas oportunidades de ir à escola que o douto leitor? Terá crescido numa família literata como o senhor? Pode continuar a observar outros que o rodeiem. Agora diga-me se isso resulta da nossa fantabulástica meritocracia, do sucesso glorioso de sua família, do esforço dos seus pais e por aí adiante. Pode dizê-lo, não tenha medo. Se a sua família é de facto tão bem sucedida, olhe um pouco para trás e veja. Veja como é que a sua família chegou ao sucesso (imagino que explorando alguém; imagino passando por cima de alguém, mas diga-me, por favor, se é mais um equívoco).
Ao que eu queria chegar: “igualdade de oportunidades”. Será que a temos? A associação de igualdade a liberdade é incontornável: apenas quando nos deparamos com as mesmas oportunidades dos outros, podemos escolher, optar por aquilo que queremos. E essa escolha é, em parte, a Liberdade. Agora, enquanto persiste a discriminação é criado todo um condicionalismo a essas opções, “Ai o amarelo é uma cor tão feia; já o azul… coisa mai linda”.
Creio que se chega a um certo ponto da nossa existência em que, mais tarde ou mais cedo, tomamos consciência de que podemos optar. Pelo amarelo, se assim o entendermos. Mas mais que isso é optar por aquilo que queremos ser, pelas referências que um dia queremos ter em nós. Já não absorvemos toda e qualquer influência, como acontece numa fase primária da nossa vida – ou seja, quando estamos restringidos aos grupos primários como a Família, os colegas de escola, o grupo de amigos, etc. –, porque alcançamos uma qualquer maturidade que nos permite seleccionar essas influências dos ditos grupos de referência, bem como assumir a nossa responsabilidade face a estas opções. O que quero dizer é que, mesmo sendo alvos de toda e qualquer influência, porque o somos sempre, temos a capacidade de escolher as que queremos ver em nós, as que consideramos positivas. Esse será talvez um estado de liberdade, porque é-nos dada a oportunidade de escolher.
No entanto, sempre que o controlo social (mesmo aquele considerado indispensável para manter a coesão social) é exercido, essa liberdade é-nos retirada. Sempre que no televisor nos mostram uma forma de viver, nos repetem vezes sem conta a forma “acertada” de construir a nossa vida; sempre que nas histórias da carochinha o objectivo é a menina arranjar um menino e daí ter uma casinha e uma data de pirralhinhos; sempre que nas lojas se vê a mesma roupa… Essa Liberdade não nos é retirada?
Mais perniciosa será a influência dos ditos opinion makers: como se já não bastasse a desinformação de que somos vítimas todos os dias, ainda vêm uns quantos senhores dizer-nos como pensar sobre determinado assunto, qual a forma politicamente correcta de o fazer, qual a forma que mais lhes interessa para manter o seu tão bem conseguido status. Quem está familiarizado com conceitos sociológicos tem a perfeita noção (ou poderá optar por tê-la) de que tudo serve para manter o status quo, ou seja, tudo o que vai sendo construído socialmente serve para manter as coisas tal como elas estão. Mesmo que o empregado de escritório se sinta injustiçado com os €2,50 que lhe pagam à hora, vivendo num meio onde persiste a ideia do “tens de começar por baixo e depois, se fores realmente bom, já podes ganhar os milhões que o teu patrão ganha”, ele conformar-se-à com este estado que considera iniciático.
Não se trata de ser um bom ou mau meio de mobilidade social (embora não o considere perfeito, sei que é mais fácil e, por isso, mais justo do que há uns tempos atrás; a partir daí, só os valores de cada um ditam a sua capacidade, ou não, de passar por cima de tudo e todos). Mas sim, dizia eu, de uma forma de manter as coisas tal como elas são.
Desta forma, chegamos a outro aspecto da Liberdade: quando não concordamos com o estado das coisas, o que podemos fazer para perfurar o status quo? Rezar a todos os santinhos para nos sair o euromilhões? É uma opção. Mas e se forem constituídos movimentos sociais? Talvez lhe pareça, caro leitor, que fazer uma manif aqui e ali não sirva de nada (talvez retire desse preconceito um qualquer prazer simplista de minorar todo o activismo social). Talvez lhe pareça que é uma total perda de tempo e que assim as coisas não vão mudar. Talvez a sua escolha passe por se juntar a um qualquer partido, daqueles mais consolidados para um dia conseguir um estatuto que lhe permita fazer alguma coisa para mudar/manter o actual estado social. É a sua opção e, mesmo que fosse outra, o Caracol respeita-o.
Peço-lhe apenas que respeite as opções dos outros. Peço-lhe que não subestime o trabalho das muitas associações e dos muitos movimentos que, com o seu árduo trabalho, vão amenizando a gravidade da situação e, em conjunto com o poder político que a Democracia lhes dá – isto é, o voto e a elegibilidade –, vão tentando mudar a nossa sociedade.
Resumindo, aquilo que mais confusão me faz, a nível pessoal, é o conformismo em que a nossa sociedade caiu. Digo caiu porque me parece haver ainda muito a fazer. Ser livre é poder ser feliz. E quando grande parte da população anda a tomar anti-depressivos, não me parece que essa felicidade social tenha sido alcançada. Mais grave ainda, não me parece que as pessoas estejam cientes de que podem fazer mais pela sua liberdade.
A outra face da Liberdade, a lírica, já a minha outra parte tratou e, se não me engano, continuará a fazê-lo.
Nairobi
posted by Caracol Amarelo at 4:39 AM 2 verdinhas
posted by Caracol Amarelo at 12:33 PM 0 verdinhas
posted by Caracol Amarelo at 11:08 AM 2 verdinhas
"Sente-se. Está sentado? Encoste-se tranquilamente na cadeira. Deve sentir-se bem instalado e descontraído. Pode fumar. É importante que me escute com muita atenção. Ouve-me bem? Tenho algo a dizer-lhe que vai interessá-lo. Você é um idiota. Está realmente a escutar-me? Não há pois dúvida alguma de que me ouve com clareza e distinção? Então repito: você é um idiota. Um idiota.
I como Isabel; D como Dinis; outro I como Irene; O como Orlando; T como Teodoro; A como Ana. Idiota. Por favor não me interrompa. Não deve interromper-me.
Você é um idiota. Não diga nada. Não venha com evasivas. Você é um idiota. Ponto final. Aliás não sou o único a dizê-lo. A senhora sua mãe já o diz há muito tempo. Você é um idiota. Pergunte pois aos seus parentes. Se você não é um idiota... claro, a você não lho dirão, porque você se tornaria vingativo como todos os idiotas. Mas os que o rodeiam já há muitos dias e anos sabem que você é um idiota. É típico que você o negue. Isso mesmo: é típico que o Idiota negue que o é.
Oh, como se torna difícil convencer um idiota de que é um Idiota.
É francamente fatigante. Como vê, preciso de dizer mais uma vez que você é um Idiota e no entanto não é desinteressante para você saber o que você é e no entanto é uma desvantagem para você não saber o que toda a gente sabe. Ah sim, acha você que tem exactamente as mesmas ideias do seu parceiro. Mas também ele é um idiota. Faça favor, não se console a dizer que há outros Idiotas: Você é um Idiota. De resto isso não é grave. É assim que você consegue chegar aos 80 anos. Em matéria de negócios é mesmo uma vantagem. E então na política! Não há dinheiro que o pague.
Na qualidade de Idiota você não precisa de se preocupar com mais nada. E você é Idiota (Formidável, não acha?)."
posted by Caracol Amarelo at 4:47 AM 4 verdinhas
posted by Caracol Amarelo at 1:08 PM 3 verdinhas
posted by Caracol Amarelo at 2:39 PM 3 verdinhas
posted by Caracol Amarelo at 12:30 PM 2 verdinhas
posted by Caracol Amarelo at 3:33 PM 1 verdinhas
Domínio: Eukarya; Reino: Animal; Filo: Moluscos; Classe: Gastropoda; Sub-Classe: Pulmonata. Concha Univalve espiralada que encerra a massa visceral. Pé em forma de palmilha. Torção da massa visceral de 180º. Isto resumindo, quer dizer que cago em cima da boca. Vida de caracol, inda pra mais amarelo! Ah! Sou "também" viscoso e langonhoso.
Coscuvilhe os dizeres de uns ranhosos libertinos que por este santo lugar ousaram. E vossa-mercê? Usufrua da verdejante libertinagem! Deixai vossa viscosidade neste pernicioso espaço amarelado! Hip-hip-hurrei! |
Ah... não sei, mas se chegaste aqui é porque leste tudo, ou não, mas de qualquer forma, e apesar da mensagem de final de blogue ser gira e sensual, era conveniente, sei lá, leres outra coisa, por exemplo.